quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A CAUSA INDÍGENA É DE TODOS NÓS

Créditos: ANEL

Se a questão indígena tivesse, por parte da mídia, a mesma cobertura que o julgamento da ação penal 470 (o mensalão) tem, por certo nossa sociedade estaria mais consciente do assunto. Seja como for, vamos em nossa batalha de solidariedade e mobilização em torno desta que é, sem dúvida, uma causa das mais prementes e nobres do nosso país.

Pensamos que se o governo federal tem vasta vontade para com obras da Copa Fifa 2014 e outras dos PACs de sua autoria, há de ter (deveria) como prioridade a defesa e a proteção da vida e da cultura das comunidades indígenas, comunidades essas de brasileiros que são, como todos nós, com direito à vida, e em paz.

Mas é certo que a ampla mobilização que se opera no momento em torno do possível despejo dos Guarani-Kaiowá, conforme noticiado, já começa a dar resultado. Conforme a Agência Brasil, temos:

“Foi suspensa hoje (30) a liminar que determinava a retirada do acampamento dos índios guaranis kaiowás da Fazenda Cambará, em Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante reunião com líderes indígenas na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). De acordo com a decisão da Justiça, os cerca de 170 índios que vivem no acampamento devem permanecer no local até que a demarcação de suas terras seja definida.” (Agência Brasil).
 
Mas a luta não para por aí! É preciso vigilância e contínua mobilização, tanto em relação a esse caso como a todo o resto, visto que, pelo lógica, as investidas do agronegócio e de outros opositores da causa indígena não cessarão. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organismo vinculado à CNBB, com vasta experiência nessa luta, temos:

As 79 famílias da comunidade Kaiowá de Nhu Verá, no município de Dourados, tem até meados de novembro para saírem de seu tekoha - o território sagrado. Uma decisão da Justiça Federal em Dourados autoriza a desocupação e reintegração de posse de 26 hectares de terra ocupados pelos indígenas. Foi autorizado o uso de força policial, caso os indígenas resolvam permanecer no território.” (Conselho Indigenista Missionário).
 
Vê-se, pois, que precisamos ainda, e muito, de mãos e vozes unidas em defesa dos povos indígenas. Não por mero “modismo ambientalista” nem simplesmente por força de um “meme” da internet, mas pelo inegável valor de tudo isso, dessa comoção brasileira e popular em redor de pessoas as mais humildes, pessoas cujos direitos têm sido trocado por um tipo de desenvolvimento desumano.

Se essa mobilização desagrada a certos “esquerdistas”, deve ser que por destra (ou seria torta?) os mesmos tomam a canhota, convenientemente esquecendo do passado e dos motivos pelos quais construíram seus partidos e outros grupamentos. O PSTU, com o que pode, e a Conlutas, igualmente, os dois, sensíveis ao que é correto, prestam o possível serviço aos povos indígenas, emprestanto-lhes a voz e lhes oferecendo a solidariedade.

Acesse, caro(a) visitante, isto, por favor:


Como se diz de ponta a ponta pelo Brasil: SOMOS TODOS GUARANI-KAIOWÁ!
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