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| Créditos: blogdoambientalismo |
A nossa autonomia como povo passa pelo controle que temos sobre os nossos potenciais e a forma como estabelecemos as relações de seu desenvolvimento. Dos mais importantes, constam as nossas terras que, nos últimos anos, de modo mais assombroso, têm sido alvo da força de empresários estrangeiros que tanto aqui como na África investem cada mais, apossando-se de vastas áreas.
E quais os detalhes disso tudo? Conforme a socióloga Maíra Martins, em entrevista muito esclarecedora, a situação é esta:
“Apesar de pequenos agricultores produzirem quase a metade dos alimentos no mundo, eles constituem a população mais fragilizada, em situação de miséria e fome, cuja ausência de titularidade ou posse da terra os torna mais vulneráveis. No caso das mulheres a situação é mais grave: embora tenham papel crucial na agricultura e reprodução dos modos de vida, possuem apenas 2% de toda a terra globalmente. Assim, no contexto de crise dos preços dos alimentos e fome no mundo, a mensagem central do relatório é de que a garantia do direito à terra, acesso aos territórios e meios de vida das comunidades e populações pobres no meio rural é crucial para o combate à fome e para a redução das desigualdades no mundo.”
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