segunda-feira, 12 de novembro de 2012

NÃO, NÃO SOMOS DO PT.

Uma esquerda bem direitinha

Qualquer cacique da direita brasileira, se quiser compor as fileiras do PT, pode até sofrer alguma rejeição daquele militante mais desavisado em relação ao partido, mas não das próprias lideranças. O mais provável é que o dito cacique não sofra nenhuma censura por parte dos chefes petistas; pelo contrário: “veio pra somar” ― dirão assim meio abobalhados, com cara de quem perdeu o ônibus.

E o mal disso é que o PT ainda é referência de esquerda para muita gente, gente que se paramenta de blusa vermelha, palavras de ordem, botton de Che Guevara e justifica a foto acima!? Entenda-se isto. Mas o mal disso mesmo é a confusão que reina na cabeça dos que acham que o PT é referência para os partidos de esquerda, de modo geral, sendo uma espécie de “liderança natural”, uma culminância na qual todas as siglas desembocarão fatalmente. É engano.

Diluído Brasil afora, o PT, na base, não dispõe mais de sua aguerrida militância, crítica que era e antenada com um pensamento mais à esquerda mesmo. A militância petista já é tão burocrática quanto os caciques petistas. Hoje, loucamente apegado a eleições e à burocracia dos poderes, o PT reduziu sua missão original a atender ruralistas, empresários e figuras como o Sarney, historicamente inimigo de classe.

Até o Collor, hoje senador, é base do PT da Dilma. Sem falar no Renan Calheiros e nos Ferreira Gomes, todos justificados dentro do projeto petista, que não é mais dos trabalhadores, mas da já citada burocracia, afinada que é com a empresa capitalista.

Por isso, amigo/a visitante, leitor/a deste blog, um aviso: não somos do PT. Nem desejamos ser, nem criar outro. Nessa nossa postura reside uma resistência e uma fidelidade a um projeto original, de classe, mantido pelo conhecimento e pela prática e em constante vigilância de si mesmo. Há autocrítica.

Se a ti interessar conhecer nossa proposta, contate-nos "aqui".
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