segunda-feira, 22 de julho de 2013

FIM DO FUNDO PARTIDÁRIO E PROIBIÇÃO DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHAS ELEITORAIS POR EMPRESAS*



Zé Maria de Almeida,
líder do PSTU e da CSP-Conlutas


Fim do Fundo Partidário e proibição de financiamento de campanha eleitoral por empresas – um desafio à Comissão da Reforma Política da Câmara dos Deputados.

Emblemáticas, as primeiras propostas colocadas em discussão na Comissão criada pela Câmara dos Deputados para tratar da Reforma Política: Acabar com o acesso dos pequenos partidos ao tempo de TV e o acesso ao Fundo Partidário – a chamada clausula de barreira.

Entre outras coisas, isso significaria que só os grandes partidos teriam acesso à TV para fazer campanha eleitoral, o que equivale a tirar da disputa os partidos ideológicos, que defendem mudanças no país, para atender os interesses da maioria da população, os trabalhadores.

Para além de tornar ainda mais antidemocráticas as regras eleitorais em nosso país, estas medidas, se aprovadas, estabeleceria um monopólio da representação política no Brasil.

Os maiores partidos, entre eles o PT, PMDB, PSDB, DEM, PSD, PP, PSB, PDT – justamente os partidos que governam o Brasil e são, portanto, responsáveis pelo caos em que se encontra a vida do povo - querem impedir que cresçam os partidos que questionam o seu domínio da política brasileira.

É uma resposta bem ao estilo deste Congresso Nacional que aí está, ao grito das manifestações de rua, pelo fim da corrupção e da bandalheira que caracteriza a ação destes políticos. Querem eternizar-se no controle das instituições que governam o país, como se pressentissem que, havendo possibilidade, o povo os tira de lá.

É direito dos partidos, inclusive aqueles que hoje são pequenos, apresentar ao povo brasileiro as suas propostas para mudar o país. E é também um direito do povo, conhecer o que pensam estes partidos, o que propõem, para concordar com eles ou mesmo para discordar de suas ideias. Sem isso não se pode falar em voto livre, ou escolha democrática.

Fazemos então um desafio aos deputados que compõem a Comissão da Reforma Política e ao Congresso nacional. Propomos que seja votado, em regime de urgência, três medidas simples:

1 – Fim do fundo partidário. Nenhum partido deve receber um real sequer de recursos públicos, pois recursos públicos devem ser aplicados no serviço público. Os partidos devem ser sustentados financeiramente pelas pessoas que concordam com eles;

2 – Proibição de financiamento dos partidos políticos por empresas (bancos, indústrias, empreiteiras, agronegócio, redes de comercio, etc, etc). Da mesma forma, proibição de financiamento de candidatos ou partidos nas campanhas eleitorais por empresas de qualquer natureza;

3 – Distribuição igualitária do tempo de TV entre os partidos que registrarem candidatos às eleições, de modo a garantir igualdade de condições para que todos possam expor ao povo o que pensam e suas propostas.

Será que nestas condições estes partidos que estão encastelados no poder desde sempre continuariam a controlar o país como controlam hoje?

*Postado na page do líder do PSTU e da CSP-Conlutas Zé Maria de Almeida (https://www.facebook.com/zemariapstu)
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